O vereador Renan Martins oficializou sua renúncia ao mandato na Câmara Municipal de Paraipaba, em meio à crescente pressão popular por sua responsabilização no atropelamento que matou as adolescentes Isabelle e Yasmin Oliveira. A decisão será formalizada nesta segunda-feira (9), com o protocolo do pedido de renúncia na Casa Legislativa.
Renan era acusado de ser o condutor do carro que atropelou e matou as primas Yasmin Oliveira Félix, de 14 anos, e Isabelle Oliveira da Silva, de 16, enquanto as jovens trafegavam de moto pela CE-162, em janeiro deste ano. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o motorista do veículo fugiu do local sem prestar socorro, agravando a revolta da população.
Desde então, o caso mobilizou a cidade. Famílias, amigos das vítimas e movimentos sociais vinham realizando manifestações constantes, tanto nas ruas quanto nas sessões da Câmara, exigindo a cassação do mandato e a responsabilização criminal de Renan Martins. Recentemente, seu retorno ao cargo, após quatro meses de licença, causou tumulto, protestos intensos e forte repúdio popular.
“Não vamos descansar até que haja justiça completa”, declarou um dos líderes dos protestos. As famílias das vítimas reafirmaram que a renúncia não encerra a luta: agora, o foco é garantir que o ex-vereador responda criminalmente pelos atos atribuídos a ele.
Com a renúncia, Renan Martins perde o foro privilegiado e passa a ser julgado pela Justiça comum, o que pode acelerar o andamento das investigações e eventuais processos. A Câmara de Paraipaba deverá convocar o suplente para assumir a vaga nos próximos dias.