A defesa do general cearense Paulo Sérgio Nogueira sustentou, nas alegações finais do processo que investiga a tentativa de golpe de Estado, que o militar atuou de forma contínua para tentar convencer o então presidente Jair Bolsonaro (PL) a não seguir orientações de aliados considerados radicais. Segundo a versão apresentada por seus advogados, o general buscou evitar que o chefe do Executivo adotasse medidas que pudessem representar ameaça à ordem democrática no país.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação, o general foi acusado de endossar críticas ao sistema eleitoral, instigar a tentativa de golpe e de apresentar uma versão do decreto golpista para pedir apoio aos comandantes das Forças Armadas.
No documento, a defesa afirma que o general manteve postura contrária a iniciativas golpistas e trabalhou para impedir o golpe. “Consoante extrai-se da prova dos autos, o general Paulo Sérgio é manifestamente inocente tendo atuado ativamente para evitar a realização de um golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, disse a defesa.
A manifestação dos advogados está nas alegações finais que foram encaminhadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do processo. As alegações representam a última manifestação dos réus antes do julgamento que pode condenar ou absolver os acusados.
Com informações da Agência Brasil.