A presidente da Câmara Municipal de Canindé, vereadora Karlinda Coelho, surpreendeu ao usar a tribuna da Casa Legislativa para se declarar disposta a integrar a base de apoio ao prefeito Jardel Sousa. Em seu discurso, ela afirmou: “Só serei oposição, se o prefeito quiser”.
A fala gerou repercussão nos bastidores políticos locais, especialmente diante do atual cenário jurídico enfrentado pelo chefe do Executivo municipal. Jardel Sousa está sob investigação do Ministério Público Eleitoral e teve parecer favorável do promotor Jairo Pequeno Neto pela cassação de seu mandato, por supostos abusos de poder econômico, político e captação ilícita de votos.
Momento delicado
A manifestação de apoio por parte da presidente da Câmara ocorre justamente em um momento delicado para o prefeito. Se confirmada a cassação, Jardel poderá perder o cargo e ficar inelegível por oito anos. O gesto de Karlinda é visto como uma tentativa de aproximação institucional, mas também levanta questionamentos sobre a independência entre os poderes.
Nos bastidores
Aliados da oposição consideraram a declaração “inoportuna” e afirmam que o Legislativo deve manter sua autonomia, especialmente quando há denúncias graves em curso. Já interlocutores próximos à base governista avaliam que a fala da vereadora pode ser um movimento estratégico diante de uma possível reconfiguração de forças políticas no município.
A situação de Jardel Sousa deve ser analisada pela Justiça Eleitoral nas próximas semanas. Enquanto isso, o ambiente político em Canindé segue em tensão crescente.
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