O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, foi preso nesta sexta-feira (13) por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem foi expedida com base em investigações da Polícia Federal que apontam a participação do ex-ministro em um suposto plano de fuga do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a apuração, Gilson Machado estaria articulando a obtenção de um passaporte português para viabilizar a saída ilegal de Cid do Brasil. A ação é vista como tentativa de obstrução de justiça, já que o militar é peça central nas investigações sobre uma série de ilegalidades no entorno do ex-presidente, incluindo tentativa de golpe, fraudes em cartões de vacinação e venda ilegal de joias oficiais.
Mandados da PF e contradições
A Polícia Federal também cumpriu, nesta sexta, mandados de busca e apreensão relacionados a Mauro Cid. Inicialmente, foi divulgado que havia uma ordem de prisão contra o militar. No entanto, a defesa de Cid afirmou que essa determinação foi revogada antes de ser efetivada. Ainda assim, Cid deverá prestar depoimento à PF na manhã de hoje.
A prisão de Gilson Machado amplia a pressão sobre o núcleo bolsonarista envolvido nas investigações em curso no STF, e deve repercutir nas estratégias de defesa de outros aliados do ex-presidente. O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.