Uma mulher de 31 anos, natural de Tauá, no interior do Ceará, foi presa em flagrante na noite da última quarta-feira (4) no Aeroporto Internacional de Salvador, acusada de contrabando de medicamentos. A ação foi realizada pela Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, que identificou a passageira transportando ilegalmente substâncias de uso restrito no Brasil.
Com a suspeita foram encontradas 90 unidades de medicamentos para emagrecimento, estimadas em cerca de R$ 400 mil. Os produtos estavam escondidos junto ao corpo da mulher e consistiam em 60 unidades do Synedica Retatrutide — substância experimental, ainda em fase de testes clínicos — e 30 unidades de Mounjaro, medicamento já conhecido por seu uso no tratamento da obesidade. Ambos atuam na redução do apetite, mas o Retatrutide, segundo especialistas, é considerado ainda mais potente e sequer tem autorização da Anvisa para comercialização no país, com liberação prevista apenas para 2026.
A passageira, que não teve o nome revelado pelas autoridades, vinha de um voo internacional com origem em Bruxelas, na Bélgica, e escala em Madri. Seu destino final era Fortaleza, capital cearense. A detecção da irregularidade foi possível graças a uma troca de informações entre as equipes da Receita Federal nos aeroportos de Fortaleza e Salvador, que monitoravam o itinerário da suspeita.
Após a abordagem, os medicamentos foram apreendidos e a mulher encaminhada à custódia da Polícia Federal, onde foi autuada por contrabando — crime previsto no Código Penal Brasileiro com pena de até cinco anos de prisão.
As autoridades alertam sobre os riscos do uso de substâncias não autorizadas e reforçam o compromisso no combate ao tráfico ilegal de medicamentos no país.