A atual presidência, ocupada por Antônio Conin, vinha sendo mantida sob um pacto de unidade costurado pelo Campo Democrático — corrente majoritária no estado e alinhada historicamente a Guimarães. No entanto, a entrada de Augusta Brito no tabuleiro, articulada pelo Campo Popular — tendência à qual pertencem Elmano e Camilo — representa um sinal de mudança no equilíbrio de forças internas da legenda.
Augusta, que tem se destacado no Senado Federal com atuação próxima ao Palácio do Planalto e forte inserção no interior do Estado, é vista como favorita para liderar o PT cearense a partir de um novo ciclo político, com foco em renovação, fortalecimento da base partidária e alinhamento com os governos estadual e federal.
A disputa promete esquentar os bastidores do PT local, marcando um embate entre dois grupos históricos da legenda. Enquanto Guimarães defende a continuidade da atual direção como forma de preservar a coesão partidária, os aliados de Augusta apostam em uma nova liderança que reflita o protagonismo que a senadora e seus apoiadores têm exercido dentro e fora do Ceará.