Depois de um telefonema de mais de duas horas com Vladimir Putin nesta segunda-feira (19), restou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que conversas entre Rússia e Ucrânia “começariam imediatamente”. A declaração ignora que diálogos foram retomados na Turquia na semana passada e difere do relato do líder russo.
Segundo Putin, ele disse que aceita negociar um memorando com pontos que considera essenciais —ou seja, os termos dele—, para só então discutir um eventual cessar-fogo. O ucraniano Volodimir Zelenski e líderes europeus deram sinais positivos em relação aos movimentos mais recentes, mas o clima geral é de exasperação.
O próprio Trump, que já se aproximou e se afastou de Moscou e de Kiev desde que voltou ao cargo, tem indicado frustração com a falta de saída para a guerra. O vice-presidente americano, J.D. Vance, voltou a falar nesta segunda que a situação chegou a um impasse e que os EUA podem se retirar do processo de mediação.
O Café da Manhã desta terça-feira (20) discute o que trava o diálogo por um cessar-fogo na Ucrânia. O professor de relações internacionais da FGV Oliver Stuenkel, pesquisador no Carnegie Endowment em Washington, trata das demandas de Moscou e de Kiev, analisa o papel dos Estados Unidos e fala do que esperar do conflito que já dura mais de três anos.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz. A edição de som é de Thomé Granemann.