O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Romeu Aldigueri (PDT), reagiu com contundência à possível aliança entre a Federação União Progressista (UP) — formada por União Brasil (UB) e Progressistas (PP) — e o Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, para as eleições presidenciais de 2026.
Em declaração pública, Aldigueri classificou a articulação como um movimento meramente oportunista:
“Eu não acredito em uma aliança oportunista e meramente eleitoral que tem como pano de fundo a união do ódio com o ócio. A política é uma atividade nobre, e demanda senso de responsabilidade com suas atitudes”, afirmou o parlamentar, em tom crítico.
A reação ocorre após reunião entre os presidentes nacionais do União Brasil, Antônio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira, na qual a federação oficializou posição de oposição ao governo Lula (PT) e anunciou apoio à candidatura de Bolsonaro à Presidência em 2026.
Repercussão no Ceará
No cenário estadual, a Federação União Progressista também deve adotar linha oposicionista ao governo do PT, que comanda o Executivo cearense com Elmano de Freitas. A ideia é lançar candidatura própria ao Palácio da Abolição, e nomes como o do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio surgem como possíveis opções para liderar o projeto no estado.
A articulação local é conduzida por Capitão Wagner, atual presidente do União Brasil no Ceará, que vem estreitando laços com lideranças do Progressistas e do PL para formar uma frente conservadora de oposição ao grupo governista liderado por Cid Gomes e pelo PT.
Com a crítica, Romeu Aldigueri deixa clara a tensão entre os blocos políticos e reforça o posicionamento do PDT como força moderada contrária à radicalização do debate eleitoral.