Erika Januza foi uma das presenças marcantes no Festival Negritudes Globo 2025, realizado no Galpão da Cidadania, no Rio de Janeiro, em 15 de maio. Durante o evento, a atriz destacou momentos desafiadores de sua trajetória profissional, emocionando o público presente.
Gilberto Gil canta e dança no Negritudes Globo
Em uma das mesas de debate, Erika relembrou um período difícil em sua carreira, quando enfrentou dificuldades financeiras mesmo após protagonizar produções de destaque. “Em 2016 não tinha dinheiro para pagar meu aluguel. Ia voltar para Minas Gerais porque não tinha dinheiro e já tinha feito novela, protagonista…”, revelou a atriz, destacando os altos e baixos da profissão.
Valorização da cultura negra e do carnaval
Além de compartilhar sua trajetória, Erika Januza também abordou a importância da cultura negra e do carnaval na sociedade brasileira. Durante sua participação na mesa “Música negra: samba, rap e funk cantam o Rio”, ao lado de MV Bill e Neguinho da Beija-Flor, a atriz destacou como o carnaval ainda é marginalizado, apesar de sua relevância cultural e econômica.
“Mesmo com seu tamanho, o carnaval por vezes ainda é marginalizado, mal compreendido. As pessoas têm todo o direito de não gostar de carnaval, mas muitas vezes não se entende a cultura, a potência e tudo o que ele representa”, afirmou Erika.
Erika Januza, que por quatro anos desfilou como rainha de bateria da Unidos do Viradouro, ressaltou como o Carnaval é um espaço de expressão e empoderamento para a população negra.
“É um momento que os homens e mulheres negras ganham voz. Temos que mostrar que podemos ser reis e rainhas no carnaval e também fora dele”, disse a atriz, enfatizando a importância da representatividade.
Inspiração para outras mulheres negras
Ao compartilhar suas experiências, Erika Januza busca inspirar outras mulheres negras a persistirem em seus objetivos, mesmo diante de adversidades. A atriz acredita que tornar públicas essas histórias é essencial para desafiar o mito da meritocracia e promover a equidade no meio artístico.
“Eu penso que fiz as coisas certas, com muita luta e com aquela sensação de colocar a cabeça no travesseiro. Não precisei passar por cima de ninguém, fui honesta, e acredito que é possível fazer as coisas dessa forma”, afirmou Erika, reforçando seu compromisso com a ética e a perseverança.