O Partido Democrático Trabalhista (PDT) vive um momento de divisão interna às vésperas da disputa presidencial de 2026. Segundo a Coluna do Estadão, publicada nesta segunda-feira (12), uma ala significativa da legenda já não considera o ex-ministro Ciro Gomes como uma opção competitiva para o Palácio do Planalto.
De um lado, estão os ciristas, que seguem defendendo a manutenção de um projeto de terceira via. De outro, os lulistas, que enxergam o cenário eleitoral como novamente polarizado entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um nome da direita — muito provavelmente Jair Bolsonaro ou alguém por ele indicado. Nesse contexto, avaliam que não há espaço para uma candidatura alternativa como a de Ciro, que amargou baixos desempenhos nas últimas eleições.
A publicação informa que foi justamente essa análise que levou a bancada pedetista no Senado a manter apoio ao governo Lula, mesmo após divergências pontuais. A decisão consolidou um racha dentro do partido, especialmente em torno de sua estratégia nacional.
Ainda segundo a Coluna, dificilmente o PDT, por sua tradição política, apoiaria um nome conservador ou ligado ao bolsonarismo. Por isso, senadores da sigla já buscam assegurar espaço dentro da base governista petista, numa espécie de aliança antecipada para 2026.
Enquanto isso, Ciro Gomes permanece em silêncio sobre os últimos movimentos do partido, mas sua possível candidatura segue envolta em incertezas — tanto pelas resistências internas quanto pelo desempenho abaixo do esperado em 2022.
O cenário ainda está em formação, mas uma coisa é certa: o PDT terá de decidir qual caminho seguir — se manter sua identidade independente ou se alinhar de vez ao lulismo. A escolha pode definir não apenas seu papel na próxima eleição, mas também seu futuro como força política nacional.