Close Menu
    + Lidas no momento

    Lula diz que ligação de Roraima ao SIN é oportunidade econômica

    setembro 12, 2025

    PM ambiental fecha dez fábricas clandestinas de balões em São Paulo

    setembro 12, 2025

    Pescadores atingidos por queda de barragem do Fundão recebem benefício

    setembro 12, 2025
    Demo
    Facebook Instagram WhatsApp
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube
    Ceará na Midia
    A VOZ DO POVO
    • Home
    • Últimas Notícias
      • News
      • Interior
    • Brasil
    • Ce+
    • Educação
    • Economia
    • Política
    • Fama e Tv
    • Contato
    Ceará na Midia
    Home » Ato pede boicote a Israel 40 anos após sanção ao apartheid
    Política

    Ato pede boicote a Israel 40 anos após sanção ao apartheid

    JornalismoPor Jornalismoagosto 9, 20255 Minutos
    A imagem mostra uma área urbana devastada, com prédios em ruínas e estruturas danificadas. No primeiro plano, há tendas montadas, sugerindo a presença de pessoas desabrigadas. Ao fundo, arranha-céus e edifícios em colapso são visíveis, com fumaça e um céu nublado, indicando um ambiente de conflito ou desastre. A cena transmite uma sensação de desolação e destruição.
    Share
    Facebook Twitter Email Copy Link Telegram WhatsApp

    Há 40 anos, o presidente José Sarney decretava um amplo boicote contra a África do Sul, que na metade de 1980 vivia sob um regime de apartheid que duraria quase 50 anos. Agora, ativistas brasileiros tentam recriar a medida —desta vez, contra Israel.

    Neste sábado (9), data que marca o aniversário do embargo brasileiro ao regime de segregação racial sul-africano, a Frente Palestina realiza um ato em frente ao escritório do Ministério das Relações Exteriores em São Paulo, na avenida Brigadeiro Faria Lima, exigindo um boicote energético a Israel. O protesto ocorre diante do aumento da exportação de petróleo ao Estado judeu em meio ao conflito na Faixa de Gaza.

    De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o Brasil exportou quase 3 milhões de barris a Israel em 2024. Embora não chegue perto dos quase 12 milhões vendidos em 2022, quando Tel Aviv ainda não estava em guerra, o número representa um aumento de mais de 51% em relação a 2023 —cifra acima do crescimento de 9,5% nas exportações como um todo no mesmo período.

    Segundo um relatório divulgado em agosto de 2024 pela ONG Oil Change International, o Brasil foi, ao lado da Nigéria, o quarto maior fornecedor de petróleo a Israel, sendo responsável por 9% do suprimento do combustível ao Estado Judeu desde o início da guerra.

    “É dilacerante ver as imagens que chegam para a gente diariamente, e é horrível saber que uma riqueza do nosso país está contribuindo para isso”, afirma Leandro Lanfredi, diretor da Federação Nacional dos Petroleiros.

    Em maio, a entidade, que reúne sindicatos do setor, entregou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo um embargo energético do Brasil contra Israel —medida que nem mesmo Lanfredi vê sendo tomada pelo governo no curto prazo.

    “É uma escolha comercial com implicações horríveis”, diz ele. “Hoje em dia, todas as empresas, inclusive a Petrobras, falam em ESG [sigla em inglês que significa ambiental, social e governança e está relacionada a preocupações desta natureza de uma empresa]. Acho que o mínimo elementar de ESG é ver se suas mercadorias estão sendo usadas num genocídio”, completa, em referência às acusações de organizações de direitos humanos, que Tel Aviv nega.

    Em resposta a perguntas da reportagem, a Petrobras disse que não vende petróleo diretamente a refinarias israelenses desde 2023, e que “acessa de forma contínua os movimentos do mercado internacional buscando a melhor alternativa econômica para a companhia”. A estatal é responsável por cerca de um terço das exportações de petróleo do Brasil.

    O historiador e coordenador da campanha responsável pelo ato deste sábado, Chico Braga, também vê com reservas a disposição do governo em tomar medidas mais práticas. “O presidente Lula tem feito declarações razoáveis, criticando Israel e reconhecendo a gravidade da situação em Gaza. Mas também vemos uma certa hipocrisia, porque falta uma ação concreta que vá além das falas”, afirma.

    ONGs e ativistas costumam comparar o regime da África do Sul no século 20 com a atual situação dos palestinos que vivem na Cisjordânia ocupada —em fevereiro do ano passado, Pretória acusou o governo de Israel de aplicar um tipo de apartheid “mais extremo” do que o imposto no país africano até 1994. Tel Aviv rejeita as afirmações.

    Procurada pela reportagem, a embaixada de Israel no Brasil não quis se pronunciar.

    No caso do decreto implementado há 40 anos à Africa do Sul, a ação dependeu de uma combinação entre resistência interna e gradual convencimento de atores internacionais de que o regime era inaceitável, além de uma conjuntura política global favorável.

    Durante o apartheid, a separação racial no país era institucionalizada —os negros ficavam confinados em enclaves na África do Sul e na Namíbia ocupada e tinham a entrada e a saída controladas.

    “O objetivo era construir a narrativa de que o país era exclusivamente branco, enquanto os negros viveriam em regiões com suposto autogoverno”, diz Danilo Marcondes, doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Cambridge. “Essa versão, no entanto, não foi aceita pela comunidade internacional, pois ficava evidente o esforço grosseiro e grotesco de confinamento forçado.”

    Impulsionadas por pressões da sociedade civil e pela resistência dos próprios sul-africanos, as sanções foram ganhando corpo. A África do Sul foi expulsa da Commonwealth, o grupo de países que faziam parte do Império Britânico, empresas como Coca-Cola e General Motors deixaram o país e os setores cultural e esportivo foram isolados do cenário global.

    Com o fim da Guerra Fria, a questão entrou com mais força na agenda das Nações Unidas. A Assembleia Geral passou a ter composição mais diversa, e países recém-independentes apoiaram as sanções. Em 1977, o Conselho de Segurança da organização impôs embargo obrigatório à venda de armas, e, em 1985, pediu aos Estados-membros que adotassem sanções voluntárias.

    Foi nesse contexto que, em 9 de agosto de 1985, o Brasil decretou o boicote, proibindo exportações de petróleo, armas e intercâmbio cultural, esportivo e artístico com a África do Sul e a Namíbia ocupada.

    O isolamento internacional contribuiu para minar o regime, mas foi só em 1990 que o governo sul-africano começou a desmontar o apartheid, libertando o futuro presidente Nelson Mandela e iniciando a transição democrática. Em 1994, nove anos após o boicote decretado pelo Brasil e por outros países, a África do Sul realizou suas primeiras eleições multirraciais, marcando oficialmente o fim do regime.

    Fonte Matéria

    Comentários
    Demo
    Compartilhar WhatsApp Facebook Telegram Twitter Email Copy Link

    Mais notícias

    Projeto que derruba regras sobre aborto legal em crianças avança na Câmara

    setembro 12, 2025

    Reino Unido demite embaixador nos EUA por conexões com Epstein – 11/09/2025 – Mundo

    setembro 12, 2025

    Mundo repercute condenação de Bolsonaro; veja – 11/09/2025 – Mundo

    setembro 12, 2025

    CPMI do INSS aprova quebra do sigilo bancário de investigados

    setembro 12, 2025

    Caos na saúde pública dos EUA tem nome: desinformação – 11/09/2025 – Laura Greenhalgh

    setembro 12, 2025

    Lula e chanceler alemão conversam e reafirmam cooperação ambiental

    setembro 12, 2025
    Publicidade
    Demo
    Leia também

    Ceará participará do inédito Campeonato Brasileiro Série B Sub-20

    fevereiro 26, 2025

    Camilo e Chagas Vieira se reúnem e afinam estratégias para 2026 no Ceará

    junho 16, 2025

    Mais de 32 milhões são autônomos informais ou trabalham sem carteira

    maio 3, 2025

    Instituições de ensino chinesas abrem oportunidades para brasileiros

    junho 11, 2025

    Receba Notícias

    Receba notícias no conforto da sua casa em primeira mão.

    A empresa
    A empresa

    O Ceará na Mídia é um portal de notícias dedicado a trazer informações atualizadas e relevantes sobre o estado do Ceará. Com conteúdo diversificado e de qualidade, nosso objetivo é manter você bem-informado sobre política, cultura, economia, entretenimento e muito mais.

    Facebook X (Twitter) Pinterest YouTube WhatsApp
    Nossas escolhas

    Lula diz que ligação de Roraima ao SIN é oportunidade econômica

    setembro 12, 2025

    PM ambiental fecha dez fábricas clandestinas de balões em São Paulo

    setembro 12, 2025

    Pescadores atingidos por queda de barragem do Fundão recebem benefício

    setembro 12, 2025
    Mais populares

    Lula diz que ligação de Roraima ao SIN é oportunidade econômica

    setembro 12, 2025

    PM ambiental fecha dez fábricas clandestinas de balões em São Paulo

    setembro 12, 2025

    Pescadores atingidos por queda de barragem do Fundão recebem benefício

    setembro 12, 2025
    © 2025 Todos os direitos reservados. Desenvolvido por Abelha Soluções.
    • Home
    • Acessória de Imprensa
    • Fale Conosco

    Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione Esc para cancelar.

    Instale app do Ceará na Midia na sua tela inicial!

    instalar agora