Brasília – 1º de agosto de 2025 — O governador do Ceará, Elmano de Freitas, cumpre agenda nesta sexta-feira (1º), em Brasília, onde se encontra com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir respostas à tarifa de 50% imposta recentemente pelos Estados Unidos a uma série de produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, deve entrar em vigor no próximo dia 6 de setembro e preocupa diretamente o setor produtivo cearense.
O encontro com Haddad faz parte de um esforço articulado por Elmano para mitigar os impactos da taxação e proteger a economia local. Na quinta-feira (31), o governador fez um pronunciamento público em que classificou a decisão do governo norte-americano como “absurda” e “injustificável”. Ele também enfatizou a necessidade de atuação coordenada com o Governo Federal, incluindo articulação com o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
“Nosso objetivo é preservar empregos e garantir que as empresas do Ceará continuem competitivas, mesmo diante desse cenário adverso”, afirmou o governador.
No mesmo dia, Elmano se reuniu com representantes da Casa Civil, da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Dentre as deliberações, ficou definida a realização de reuniões setoriais com representantes de segmentos diretamente atingidos pelas novas tarifas — como os de pescados, castanha de caju, água de coco, cera de carnaúba, couro e calçados.
Outra ação imediata envolve uma articulação com a Receita Federal, o Ibama e o Porto do Mucuripe, com o objetivo de acelerar o envio de produtos aos EUA antes que a nova tarifa entre em vigor. A gestão estadual também avalia estratégias para diversificar os mercados de exportação, como a abertura de diálogo com o consulado da China em busca de novas parcerias comerciais.
Entre as medidas internas, Elmano anunciou a possibilidade de o Estado adquirir produtos de pequenos e médios produtores cearenses — especialmente itens perecíveis — para abastecer programas sociais e instituições públicas. Além disso, outras ações de estímulo econômico estão em estudo, sempre observando os limites da responsabilidade fiscal.
Em seu pronunciamento, o governador reforçou a importância da união entre entes federativos, setores produtivos e a sociedade civil. “Esta não é uma pauta partidária. É uma pauta de defesa da nossa economia, do nosso povo e do nosso futuro. Precisamos somar forças”, declarou.
A mobilização do Governo do Ceará ocorre em um momento de tensão comercial com os EUA, que já provoca reações em outras regiões do Brasil. A expectativa é que a reunião com Haddad resulte em propostas concretas para amortecer os efeitos da medida e oferecer alternativas viáveis para os setores mais prejudicados.
Assista ao pronunciamento: