O cenário político nacional ganhou um novo capítulo com a confirmação oficial, nesta quarta-feira (24), da data da convenção que selará a formação da federação entre o Progressistas (PP) e o União Brasil (UB). O anúncio foi feito pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP, durante entrevista à Jovem Pan News. A convenção acontecerá no próximo dia 19 de agosto e marcará o nascimento da Federação União Progressista (UP), com promessas de mudanças significativas no tabuleiro político de Brasília.
A formação da federação encerra semanas de especulações sobre a aproximação entre os dois partidos e firma um novo posicionamento: o rompimento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Ciro, a aliança resultará na entrega de todos os cargos ocupados por membros do PP e do UB na administração federal, simbolizando uma guinada em direção à oposição.
“Será uma federação forte, com atuação independente e alinhada com os interesses do Brasil real. Não há mais espaço para dubiedades”, afirmou Nogueira.
A decisão tem desdobramentos diretos em diversas regiões do país, especialmente no Ceará. Por lá, o governador Elmano de Freitas (PT) e o ministro da Educação, Camilo Santana, vinham articulando nos bastidores uma aproximação com os dois partidos, na tentativa de construir uma frente ampla para as eleições de 2026. A consolidação da Federação UP na oposição, no entanto, frustra esses planos e pode reconfigurar alianças locais.
Com a nova federação, PP e União Brasil passam a atuar de forma conjunta nas eleições e no Congresso Nacional, compartilhando programa, direção partidária e fidelidade institucional até 2030. A medida é parte da estratégia de fortalecimento do centro-direita e de resposta ao avanço da base governista.
O movimento também é visto como um ensaio para 2026, quando a federação poderá lançar uma candidatura própria à Presidência da República. Nos bastidores, nomes como o do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e da senadora Tereza Cristina (PP-MS) já são mencionados como possíveis postulantes ao Planalto.
A formalização da UP representa, além de uma reconfiguração da oposição, uma tentativa de consolidar um bloco mais coeso e competitivo, diante da fragmentação do Congresso e da crescente pressão sobre partidos do chamado “centrão” para assumirem posições mais claras diante do governo federal.
Nos próximos dias, a articulação política deve se intensificar, com PP e União Brasil trabalhando juntos para definir os detalhes da federação e preparar o lançamento oficial do novo bloco que promete sacudir a política nacional.
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