Mais de 24 horas após a deflagração da operação da Polícia Federal que teve como um dos alvos o deputado federal Júnior Mano (PSB), o ex-senador Cid Gomes (PSB-CE) permanece em silêncio — postura que tem chamado atenção no meio político cearense. Conhecido por posicionamentos firmes em momentos de crise, o recuo de Cid diante do episódio tem gerado especulações sobre sua estratégia e possíveis repercussões no cenário eleitoral.
Aliado de longa data de Cid Gomes, Júnior Mano mantém sua pré-candidatura ao Senado, mesmo após a ação da PF que apura suspeitas de desvio de emendas parlamentares. O parlamentar reiterou que segue na disputa e que continua contando com o respaldo do ex-senador, embora a ausência de manifestação pública por parte de Cid tenha surpreendido aliados e adversários.
Nos bastidores, a expectativa era de que Cid saísse em defesa do correligionário, como já fez em situações semelhantes envolvendo aliados próximos. O silêncio, no entanto, abre margem para leituras diversas — desde uma eventual cautela diante do avanço das investigações até um possível distanciamento calculado.
A operação da PF teve autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) e movimentou o cenário político em Brasília e no Ceará. Agora, resta saber se, nos próximos dias, Cid romperá o silêncio e adotará um posicionamento mais claro sobre o caso, seja em defesa de Júnior Mano, seja para sinalizar um novo rumo político.