Durante recente visita ao Ceará, o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com parlamentares do Partido Liberal (PL) e foi surpreendido por um cenário de desunião interna na legenda. O encontro, que contou com a presença de deputados federais, estaduais e vereadores, acabou evidenciando um racha crescente no comando do partido no estado.
A ausência do presidente estadual do PL, deputado Carmelo Neto, chamou atenção e foi interpretada como um sinal claro da crise que se instalou dentro da sigla. Nos bastidores, a condução de Carmelo à frente do partido tem sido alvo de críticas por parte de lideranças e parlamentares, que questionam seu estilo de gestão e sua capacidade de articulação política.
Durante a reunião, Bolsonaro ouviu relatos de descontentamento e foi alertado sobre a tensão existente. A avaliação de parte da base é de que a legenda no Ceará carece de uma liderança mais agregadora e alinhada com os interesses coletivos do grupo.
Diante do clima de insatisfação, o episódio foi levado ao presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que passou a acompanhar de perto a situação. Tanto ele quanto Bolsonaro buscaram minimizar os efeitos da crise e agiram nos bastidores para evitar o agravamento da divisão interna.
A disputa pelo comando do PL no Ceará, que ganha força às vésperas das eleições municipais, pode ter impacto direto nas estratégias da sigla para 2026. Enquanto aliados cobram mais diálogo e transparência, Carmelo Neto se vê pressionado a reconquistar a confiança de parte da base que já sinaliza preferência por mudanças.
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