Em discurso contundente na Câmara dos Deputados, o deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE) denunciou que aproximadamente 23 milhões de brasileiros vivem hoje sob a influência direta do crime organizado. A afirmação foi feita durante a defesa do Projeto de Lei de sua autoria que propõe a tipificação das facções criminosas como organizações terroristas.
Segundo o parlamentar, a presença dessas organizações criminosas vem se expandindo para diversas áreas da vida nacional, impactando desde pequenos negócios até estruturas políticas e institucionais. Como exemplo, Danilo citou recentes ataques do Comando Vermelho (CV) a provedores de internet no Ceará, e destacou o prejuízo no setor de combustíveis causado por práticas ilícitas ligadas ao crime organizado. “O comércio de combustível no país hoje sofre uma concorrência desleal do crime organizado, com um rombo nas contas fiscais do Brasil da ordem superior a R$ 61 bilhões no ano passado”, afirmou.
Para Danilo Forte, o avanço das facções representa uma ameaça concreta à democracia brasileira. Ele alertou para a atuação desses grupos nas eleições municipais, apontando o uso de recursos ilícitos no financiamento de campanhas. “Se eles conseguirem dominar a política, aí é a falência do país”, declarou.
O deputado também reagiu a declarações recentes do senador Cid Gomes (PSB), criticando o que classificou como omissão diante da infiltração do crime na política local. Danilo destacou que prefeitos e parlamentares do PSB estariam sob investigação. “Dos sete prefeitos que foram afastados este ano, quatro são do partido do senador Cid Gomes”, acusou.
A fala de Danilo Forte reforça sua mobilização para acelerar a votação do PL 1283/2025, que amplia a Lei Antiterrorismo e busca endurecer o combate ao crime organizado com base jurídica mais rígida. O projeto deve ir à votação na Câmara nas próximas semanas.
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